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Foto do escritorEdmar Soares

Artigo

Meditando na proximidade da eleição

Entre as contradições que iriam atormentar os homens, na entrada do século XXI, de longe a contradição política é a que mais preocupa. E o problema que se coloca é saber se a humanidade evolui irreversivelmente para os regimes democráticos, ou se a alternância entre períodos de democracia e ditadura continuará sendo a tônica da luta pelo Poder em todo o mundo. Diz o Dr Ives Gandra, em sua obra “A Era das contradições”: “Estou convencido de que, infelizmente, as ditaduras continuarão a existir e a se sobrepor às democracias incipientes, como tem ocorrido nos países africanos, asiáticos e latino-americanos”.

A democracia depende, fundamentalmente, de instituições estáveis, razoável atendimento das necessidades básicas do cidadão, economia capaz de enfrentar choques, educação crescente do povo e adequada distribuição de rendas, de tal forma que a população dos excluídos seja cada vez menor e incapaz de criar a desordem social. Esta população deve ter esperanças e reais condições de evoluir e sair da marginalidade social.

Todos nós sabemos que as condições citadas, elas inexistem nos países emergentes. Nesse contexto, todas as democracias emergentes são democracias precárias. Aqui na nossa América do Sul, países que até possuem partidos políticos tradicionais (Uruguai e Argentina), conheceram ditaduras na segunda metade do século XX. O Brasil que não tem partidos políticos mas “conglomerados de interesses”, teve no século XX dois regimes de exceção (Getúlio de 1930 a 1945; Revolução de 1964 a 1985).

Agora, que já avançamos além de duas décadas no presente século, vivemos a ameaça socialista/comunista de retomada do poder, quando até se imaginou que com a queda do “muro Berlim” estariam sendo sepultados os ideais marxistas com suas proposituras, superadas diante do quadro de uma pós-modernidade. Precisamos, neste curto espaço que resta até o segundo turno, reorganizar nossa base de valores democráticos, de liberdade no tocante aos direitos civis e políticos, como de liberdade de expressão, consagrados nas constituições escritas pelo mundo afora. Estamos assistindo, toda hora, as agressões ao Estado Democrático de Direito. Intromissão assustadora de um poder na esfera de atribuição de outro poder, gerando desordem, fazendo surgir uma grande insegurança e falta de confiança nas instituições.

O momento que vivemos nos convida a voltarmos ao passado, precisamente a 1989, quando o americano Francis Fukuyama apresentou sua teoria sobre “o fim da história”, da qual todo mundo ouviu falar, mas poucos entenderam. Ele sustentou que a evolução política da humanidade foi concluída com a morte do comunismo e a vitória da democracia liberal como modelo de governo. De lá para cá, estamos vivendo um mundo sem paz e sem estabilidade. Os críticos têm concluído que Fukuyama errou. Porém ele responde que o fim da história não é automático, mas um processo que só estará completo com o aprimoramento dos regimes ao redor do globo. Os marxistas compartilharam da ideia do “fim da história” acreditando na evolução a longo prazo da sociedade humana. Eles achavam que o fim da história seria a vitória da utopia comunista. Depois da queda do Muro de Berlim quase ninguém ainda acredita nisso. Fukuyama sustenta, ainda, sua tese de que o ponto final da história é a democracia liberal. Ele afirma que nunca vamos ter, contudo, um modelo de sociedade melhor do que a democracia orientada pela economia de mercado. Essa é a ideia básica do Fim da história de Fukuyama.

Passados trinta e três anos, desde a apresentação da teoria do Fim da História, o velho comunismo continua nos assustando com sua fome totalitária, buscando sobreviver através de uma luta incessante para conquista da América latina, de maneira que possa estabelecer, por aqui, seu império antidemocrático com sua tradicional característica de sistema opressor e castrador do maior bem terreno do homem que é sua liberdade, em sua mais completa expressão. Em especial, com relação ao nosso País, a ideologia se estabeleceu por aqui desde a Velha república.

As democracias estão pedindo socorro! O espectro totalitário anda rodando tudo que é lugar! Por isso chegou a nossa hora de reorganizar nossos espíritos, realizar um grande rearmamento moral do nosso País, o primeiro grande passo é a manutenção do governo conservador (evolucionista) do presidente Bolsonaro. Carecemos do desenvolvimento de bons hábitos e de recuperação de nossas instituições básicas. Estamos reconstruindo nosso Estado-nação. Precisamos reoxigenar nossas instituições para que se possa continuar governando de maneira transparente e limpa. É a montagem dos elementos que nos façam sair desse estado de anomia, fazendo com que as leis e decisões tomadas pela comunidade política sejam cumpridas. Sabemos que a construção de um Estado geralmente começa pela coerção, ou seja com o controle de um território usando forças militares e policiais e com aplicação de leis.

No nosso País as coisas andavam muito complicadas! Na verdade continuamos vivendo um clima de opressão muito grande porquanto o eterno inimigo da democracia continua buscando uma sobrevida e o seu alvo preferencial do momento é o nosso País. Estamos diante de coisas abomináveis como descondenar alguém que cumpre pena por crimes terríveis de lesa-pátria. O que mais nos deprime é se saber que uma Corte Suprema que temos, foi capaz de desfazer todo um processo jurídico legal, tornando-o insubsistente para colocar um oponente, supostamente o único com força para derrubar o nosso atual maior mandatário do país, eleito democraticamente. Ressuscitaram um corifeu da mentira socialista, porque por suas características populistas e, aquela de poder assumir o papel de fantoche do sistema comunista internacional, se constitui na única figura capaz de mobilizar a população acostumada a receber auxílio do Estado que mantém nosso povo humilde, inerte e conformado com seu estado de dependência.

Depois de longo período de corrupção sistêmica que explodiu com força no segundo mandato do Sr Lula da Silva, prolongando-se pelo governo de Dilma Rousseff, nosso País foi dilapidado, saqueado, experimentando uma corrupção assustadora, nos restando um Estado desestruturado, endividado e mergulhado numa total insegurança jurídica e desordem econômica. Até que chegamos a este tempo de soerguimento nacional! Não vamos retroceder sob hipótese alguma! Vamos para uma nova etapa de consolidação do terreno já conquistado! No próximo dia 30, todos nós que amamos nosso País, vamos votar para extirpar, de uma vez por todas, a iniquidade que se estabeleceu por aqui com governos socialistas. Nosso País jamais perderá sua feição democrática.

A Nação será uma festa só, experimentará o gozo de ser livre, unida num grande sentimento de vitória sobre o inimigo da liberdade!

Emanoel Lira

Cel Veterano do EB, Economista e Educador



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